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Festa leva a Cafeara o conceito de cashless cities

A cidade de Cafeara, no Norte do Paraná (145 quilômetros de Londrina), com cerca de 3 mil habitantes, foi escolhida pela instituição financeira cooperativa Sicredi União PR/SP e Visa para a realização de uma festa em que não houve circulação de dinheiro em espécie, num projeto piloto das instituições que, juntas, estão focadas na disseminação da cultura da utilização de cartões e inibição do uso de dinheiro.

A festa, denominada Folia Cafeara, foi realizada no dia  25 de agosto,  na praça da Igreja Matriz e foi mais uma das ações desenvolvidas pela cooperativa visando a inclusão digital da comunidade de Cafeara, por meios alternativos de transações financeiras.

O primeiro passo desse projeto foi dado com a inauguração da agência Smart Container na cidade, em 19 de março deste ano. Na agência é possível utilizar todos os serviços oferecidos pela instituição financeira, mas não há caixas e nem dinheiro em espécie. Ao se instalar, a Sicredi União distribuiu maquininhas para pagamentos em todo o comércio, gratuitamente; realizou vários cursos e oficinas  sobre educação financeira; disponibilizou cartões de crédito e de débito para a população sem anuidade; entre outras ações que visam facilitar o trânsito do dinheiro eletrônico.

David Conchon, gerente Regional de Desenvolvimento, esclareceu que Cafeara foi escolhida para receber o projeto piloto da agência digital por estar entre as cerca de duas mil cidades do Brasil desassistidas de instituições financeiras e também por ser de porte pequeno, o que facilita a implantação e ajustes necessários.

“Agora iniciamos  esta nova etapa, que é o cashless city da Sicredi União e que, para este evento, tem a Visa como parceira. É uma festa que integra uma série de ações”, explicou Conchon.

O diretor executivo da Sicredi União, Rogério Machado, destacou que a instalação da  agência digital Smart Container em Cafeara foi um projeto inovador. “Viemos aqui com um propósito e não com uma proposta. Nosso propósito é fazer junto com a comunidade. A época do individualismo ficou para trás”, disse.

Cidade sem dinheiro

David Conchon explicou que a Sicredi está trabalhando com o conceito de cashless cities (cidades sem dinheiro) por entender ser o modelo ideal para levar agências bancárias a pequenas cidades, garantindo a segurança da população e sua inclusão no sistema financeiro.

O fator segurança está entre as principais preocupações da Sicredi União ao implantar o projeto em Cafeara, uma vez que o policiamento, em cidades pequenas, é sempre mais reduzido. “As instituições financeiras onde existe o dinheiro em espécie acabam atraindo ladrões, tanto que vemos com muita frequência explosões de caixas eletrônicos em cidades pequenas. Ocorrem também nas cidades de porte maior, mas os ladrões encontram mais facilidades nas cidades em que a segurança é mais vulnerável”, observou Conchon.

Economia proporcionada pelo dinheiro eletrônico

 

 

Seguindo a metodologia de um estudo exclusivo e independente encomendado pela Visa à Roubini ThoughtLab, intitulado “Cidades sem dinheiro em espécie: Compreendendo os benefícios dos pagamentos digitais”, em Cafeara, os benefícios de uma maior utilização dos pagamentos eletrônicos na cidade seriam transformadores e totalizariam quase R$ 4.56 milhões, por ano, valor diretamente mensurado em três grandes grupos – consumidores, empresas e governos.

 

•           R$ 760 mil para os consumidores, considerando, entre outros, a economia de tempo entre transações bancárias e no varejo, além de redução de crimes relacionados ao dinheiro em papel;

•           R$ 1,9 milhão para os estabelecimentos comerciais, incluindo, entre outros, a economia de tempo durante o processamento de pagamentos, aumento de receita por vendas decorrentes de uma maior base de clientes, tanto nas lojas físicas quanto no ambiente online;

 

•           E, por fim, R$ 1,9 milhão para o governo, entre outros, com o aumento das receitas fiscais, do crescimento econômico, redução de custos operacionais.

 

Além disso, o mesmo estudo prevê que, até 2032, os impactos estimados a longo prazo em Cafeara, resultantes de alguns benefícios diretos, seriam o incremento adicional de 0,7% em empregos, decorrentes da intensificação da atividade econômica, e 1% de aumento extra nos salários. 

 

O estudo “Cidades sem dinheiro em espécie: Compreendendo os benefícios dos pagamentos digitais” quantifica os potenciais benefícios experimentados pelas cidades que migram para um nível elevado de uso de pagamentos digitais – atingido quando o índice de uso de pagamentos digitais de toda a população de uma cidade se iguala ao dos 10% de usuários que mais utilizam esse tipo de pagamento atualmente no município. Ou seja, o estudo não prevê a eliminação total do dinheiro em espécie. Por outro lado, busca quantificar os potenciais benefícios e custos do aumento do uso dos pagamentos digitais.

 

 

Aprendendo novos hábitos

Para os moradores de Cafeara, onde existe, além da agência Smart da Sicredi, apenas um posto bancário, o uso de dinheiro em espécie é corriqueiro. Etelvina Alencar Cordeiro dos Santos, aposentada, mas que continua trabalhando com vendas de lingeries, cosméticos e enxovais, o mais comum sempre foi ir até a cidade vizinha de Centenário do Sul, e sacar dinheiro suficiente para passar o mês.

O dinheiro ficava bem escondido, mas era sempre uma preocupação guardar tudo em casa. “A gente não tem o hábito de usar cartão. Estou começando agora e pretendo usar cada vez mais”, disse ela, que gostou muito da Folia Cafeara e das facilidades em fazer os pagamentos com o cartão.  “A festa foi muito válida porque conseguiu mostrar que a gente não precisa andar com dinheiro. O cartão resolve tudo e é muito rápido”.

Ela, que participou da Oficina Financeira ministrada na cidade, está feliz também com o aplicativo da Sicredi. “O pessoal da agência me  ensinou e agora faço todos os pagamentos sem sair de casa”.

O também aposentado Antonio Diniz é outro morador de Cafeara que não tem o hábito de usar cartão, só “dinheiro vivo”. Mas achou fácil e prático pagar os quitutes da Folia Cafeara com cartão. “Tem que acostumar, mas é mais seguro mesmo”, disse.

Festa solidária

Na Folia Cafeara, todos os participantes ganharam da Sicredi um cartão Visa com crédito de R$ 20,00 para gastar nas barracas. Foram distribuídos 1.300 cartões.

A intenção, apontou Conchon, foi mostrar que é possível fazer diferente, introduzir um novo olhar para as relações comerciais, e mostrar o quanto são mais seguras as transações com cartões.  “Temos o objetivo de contribuir para mudar o hábito dos moradores”, disse o gerente. 

A Sicredi União calcula que cerca de duas mil pessoas participaram da festa, que, além de proporcionar uma experiência inovadora e digital à população, também teve seu lado solidário. Toda a receita da festa, cerca de R$ 26 mil, foi doada para a Igreja e para a APAE.

 

Cliente: Sicredi Dexis

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