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Cigarrinha causa perdas nas lavouras da região

A cigarrinha, praga que atormenta os produtores de milho de várias regiões há alguns anos, mostrou sua força destrutiva na região Norte e Norte Pioneira do Paraná na atual safra. Se antes o clima não ajudava muito e as perdas de produtividade eram atribuídas a outros fatores, este ano, com clima favorável e lavouras que prometiam excelentes performances, a perda pela cigarrinha ficou bastante evidente, conforme informa o especialista em sementes da Belagrícola, Gabriel Pelle Horvatich.

Segundo ele, muitas lavouras das duas regiões paranaenses registraram queda de produção de 20 a 40%, sendo que algumas delas, embora bem restritas, chegaram a 80%. “Essa é a primeira vez que o dano pela cigarrinha ficou tão evidente em nossa região. Antes, outros fatores influenciavam e acabavam por confundir as causas da quebra de produção”, informa Horvatich.

O especialista informa que as lavouras deste ano ensinaram muito aos produtores e técnicos. “Não tínhamos um protocolo de manejo definido. Mas com as lições desta safra, é possível melhorar as práticas de controle, como o plantio concentrado e eliminação do milho tiguera (plantas que nascem dos restos da lavoura anterior)”, observa o especialista. Ele também cita a capacitação de consultores, o que a Belagrícola tem feito por meio da lavoura de sua Unidade de Difusão de Tecnologia, em Cambé (PR); escolha de sementes mais resistentes, e a escolha dos produtos de manejo.

Atenta ao problema, a Belagrícola incluiu o assunto na programação técnica do Bela+, evento realizado pela empresa de 22 a 24 de junho último e que tem como foco as culturas de inverno. O tema “Fatores Bióticos que estão interferindo na produção do milho safrinha” foi abordado por André Aguirre, da Aguirre e Ramos Consultoria e Treinamento LTDA.

Em sua palestra, Aguirre destacou que a Cigarrinha não é um problema de hoje, mas estava mais concentrada em regiões de clima frio, com ocorrência de geada. No entanto, o inseto se adaptou a outras regiões. Ele também destacou que a cigarrinha tem características que ajudam no seu combate, como o tempo de inoculação de 40 dias, a necessidade de a planta estar doente (geralmente a tiguera) para que o inseto se contamine e passe a fazer os estragos, a existência de materiais genéticos resistentes e ainda a eficácia dos biológicos dependendo do estágio de contaminação.  

O consultor citou ainda outros problemas que os produtores devem ficar atentos, como o percevejo Barriga Verde e Pulgão. “Sempre teremos alguma coisa para nos preocupar. Existem mais de 32 doenças em milho, mais de 30 espécies de cigarrinha, 22 espécies de pulgões. “Mas ainda temos bons híbridos, resistentes às doenças, e a boa notícia é que novos materiais estão chegando para as próximas safras”, adiantou.

A cigarrinha causa enfezamento pálido, enfezamento vermelho e risca do milho.

 

 

 

 

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